"E toda a cidade se ajuntou à porta. " ( Marcos 1:33 )

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CRISTO E O SÁBADO (PARTE I)

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Data de publicação: 2024/03/07
Data da alteração: 2024/03/07
  • Localização : Santarém, Portugal

CRISTO E O SÁBADO (PARTE I)

- O sábado foi santificado na criação. Instituído para o homem, teve sua origem quando “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”. Jó 38:7. Pairava sobre o mundo a paz; pois a Terra estava em harmonia com o Céu. “Viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31); e Ele repousou na alegria de Sua concluída obra.
 
*Por Ellen G. White
Editor: Júlio César Prado
 
Como houvesse repousado no sábado, “abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou” (Gênesis 2:3) — separou-o para uso santo. Deu-o a Adão como dia de repouso. Era uma lembrança da obra da criação, e assim, um sinal do poder de Deus e de Seu amor. Diz a Escritura: “Fez lembradas as Suas maravilhas”. Salmos 111:4. As “coisas que estão criadas” declaram “as Suas coisas invisíveis, desde a fundação do mundo,” “tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade”. Romanos 1:20.
 
Todas as coisas foram criadas pelo Filho de Deus. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus. [...] Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. João 1:1-3. E uma vez que o sábado é uma lembrança da obra da criação, é um testemunho do amor e do poder de Cristo.
 
O sábado chama para a natureza nossos pensamentos, e põe-nos em comunhão com o Criador. No canto do pássaro, no sussurro das árvores e na música do mar, podemos ouvir ainda Sua voz, a voz que falava com Adão no Éden, pela viração do dia. E ao Lhe contemplarmos o poder na natureza, encontramos conforto, pois a palavra que criou todas as coisas, é a mesma que comunica vida. Aquele “que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo”. 2 Coríntios 4:6.
 
Foi esse pensamento que despertou o cântico: “Tu, Senhor, me alegraste com os Teus feitos; exultarei nas obras das Tuas mãos. Quão grandes são, Senhor, as Tuas obras. Mui profundos são os Teus pensamentos”. Salmos 92:4, 5.
 
E o Espírito Santo declara, por intermédio do profeta Isaías: “A quem pois fareis semelhante a Deus? ou com que O comparareis? [...] Porventura não sabeis? porventura não ouvis? ou desde o princípio se vos não notificou isto mesmo? ou não atentastes para os fundamentos da Terra? Ele é o que está assentado sobre o globo da Terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos; Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar. [...] A quem pois Me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o Seu exército, quem a todas chama pelos seus nomes; por causa da grandeza das Suas forças, e pela fortaleza do Seu poder, nenhuma faltará. Por que pois dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu juízo passa de largo pelo meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da Terra, nem Se cansa nem Se fatiga? [...] Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor”. Isaías 40:18-29.
 
“Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou teu Deus; Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça”. Isaías 41:10. “Olhai para Mim, e sereis salvos, vós todos os termos da Terra; porque Eu sou Deus, e não há outro”. Isaías 45:22. Eis a mensagem escrita na natureza, e que o sábado se destina a conservar na memória. Quando o Senhor pediu a Israel que Lhe santificasse os sábados, disse: “Servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus”. Ezequiel 20:20.
 
O sábado estava incluído na lei dada no Sinai; mas não foi então que primeiro se tornou conhecido como dia de descanso. O povo de Israel tinha disso conhecimento antes de chegarem ao Sinai. No caminho para aí, o sábado era guardado. Quando alguns o profanaram, o Senhor os repreendeu, dizendo: “Até quando recusareis guardar os Meus mandamentos e as Minhas leis?” Êxodo 16:28.
 
O sábado não se destinava meramente a Israel, mas ao mundo. Fora tornado conhecido ao homem no Éden, e, como os demais preceitos do decálogo, é de imutável obrigatoriedade. Dessa lei de que o quarto mandamento é uma parte, declara Cristo: “Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido”. Mateus 5:18. Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de repouso será honrado por todos debaixo do Sol. “Desde um sábado até ao outro”, os habitantes da glorificada nova Terra irão “adorar perante Mim, diz o Senhor”. Isaías 66:23.
 
Nenhuma outra das instituições dadas aos judeus tendia a distingui-los tão completamente das nações circunvizinhas, como o sábado. Era intenção do Senhor que sua observância os designasse como adoradores Seus. Seria um sinal de sua separação da idolatria, e ligação com o verdadeiro Deus. Mas a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser eles próprios santos. Devem, pela fé, tornar-se participantes da justiça de Cristo. Quando foi dado a Israel o mandamento: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8), o Senhor lhes disse também: “E ser-Me-eis homens santos”. Êxodo 22:31. Só assim poderia o sábado distinguir Israel como os adoradores de Deus.
 
Ao se apartarem os judeus do Senhor, e deixarem de tornar a justiça de Cristo sua pela fé, o sábado perdeu para eles sua significação. Satanás estava procurando exaltar-se e afastar os homens de Cristo, e trabalhou para perverter o sábado, pois é o sinal do poder de Cristo. Os guias judaicos cumpriram a vontade de Satanás, rodeando o divino dia de repouso de enfadonhas exigências.
 
Nos dias de Cristo, tão pervertido se tornara o sábado, que sua observância refletia o caráter de homens egoístas e arbitrários, em lugar de o fazer ao caráter do amorável Pai celeste. Virtualmente os rabis representavam a Deus como dando leis que os homens não podiam obedecer. Levavam o povo a olhar a Deus como tirano, e a pensar que a observância do sábado, segundo Ele a exigia, tornava os homens duros de coração e cruéis. Competia a Cristo a obra de esclarecer essas mal-entendidas concepções. Embora os rabis O seguissem com impiedosa hostilidade, Ele nem sequer parecia conformar-Se com o que requeriam, mas ia avante, guardando o sábado segundo a lei divina.
 
Um sábado, ao voltarem Jesus e os discípulos do local do culto, passaram por uma seara madura. Jesus continuara Seu trabalho até tarde e, ao passarem pelos campos, os discípulos começaram a apanhar espigas e a comer os grãos depois de esfregá-los nas mãos. Em qualquer outro dia, esse ato não teria despertado nenhum comentário, pois uma pessoa que passasse por uma seara, ou pomar, ou vinha, tinha liberdade de colher o que lhe apetecesse comer. Deuteronômio 23:24, 25. Mas, fazer isso no sábado, era considerado um ato de profanação. Não somente era o apanhar a espiga uma espécie de ceifa, como o esfregá-la nas mãos uma espécie de debulha. Assim, na opinião dos rabis, havia dupla ofensa.
 
Os espias queixaram-se imediatamente a Jesus, dizendo: “Vês? por que fazem no sábado o que não é lícito?” Quando acusado de pisar o sábado, em Betesda, Jesus Se defendeu, afirmando Sua filiação de Deus e declarando que operava em harmonia com o Pai. Agora, que eram acusados Seus discípulos, cita aos acusadores exemplos do Antigo Testamento, atos praticados no sábado pelos que estavam ao serviço de Deus (Foto: Ilustração/Divulgação) (CONTINUA).
*Ellen G. White é considerada como a autora Americana mais traduzida, tendo sido as suas publicações traduzidas para mais de 160 línguas. Escreveu mais de 100.000 páginas numa vasta variedade de tópicos práticos e espirituais. Guiada pelo Espírito Santo, exaltou Jesus e guiou-se pelas Escrituras como base da fé.
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