A VIDA ETERNA

A VIDA ETERNA

"E esta é a promessa que Ele nos fez: a vida eterna." (1 João 2:25; ARC).

Onde está essa promessa que Jesus nos fez? O mesmo apóstolo João registou-a no seu evangelho:

• "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna." (João 6:47; ARC);

• "As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e Eu conheço-as, e elas Me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da Minha mão." (João 10:27-28; ARC).

João, sem qualquer dúvida, acreditou nessa promessa que Jesus fez - a quem? - a todos os que n'Ele creem ... como seu Salvador pessoal. E você, meu querido amigo, minha querida amiga, acredita, igualmente, nessa "promessa que Ele nos fez"? Quer mesmo ter a certeza de que é totalmente confiável acreditar nessa promessa que Jesus nos fez? Olhe aqui o que disseram dois grandes homens de Deus, do passado:

• Salomão: "Bendito seja o SENHOR, que deu repouso ao Seu povo de Israel, segundo tudo o que prometera; NEM UMA SÓ PALAVRA FALHOU DE TODAS AS SUAS BOAS PROMESSAS, feitas por intermédio de Moisés, Seu servo." (1 Reis 8:56; ARA; minha ênfase em maiúsculas);

• Paulo: "Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm n'Ele o sim [ou a confirmação]" (2 Coríntios 1:20; ARA).

E sabe que essa promessa da vida eterna, que Jesus "nos fez" enquanto esteve aqui na Terra, não foi feita pela primeira vez nessa altura da História? Sim, é isso mesmo! O apóstolo Tiago indica-nos, de forma claríssima, desde quando essa promessa foi feita: "Em esperança [que esperança?] da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir [pois Ele é "a Verdade" - João 14:6], prometeu [quando?] antes dos tempos dos séculos" (Tito 1:2; ARC). Assim como Jesus, quando se referiu ao "primeiro e grande mandamento", e ao "segundo, semelhante a este" (Mateus 22:37 e 38), não estava a dizer nada de novo (ver: Deuteronómio 6:5 e Levítico 19:18), da mesma forma, Jesus não estava a dar nenhuma novidade quando "nos fez" a promessa da vida eterna (em João 6:47 e 10:27-28), tão simplesmente porque tal promessa já tinha sido feita ... "antes dos tempos eternos" (Tito 1:2; ARA)! Consegue, então, perceber, ou ter um vislumbre da seriedade e da solenidade desta promessa divina? Estamos a falar de algo absolutamente sólido, fundamentado, "antes dos tempos eternos", no "Deus que não pode mentir"! Pergunto: é isto suficiente para poder acreditar, definitivamente, nessa maravilhosa promessa divina? Se não fôr, então, muito sinceramente, não sei o que mais a/o poderá fazer convencer!

Mas ... há mais: não apenas Deus - que, repito, não pode mentir! - fez tal promessa, "antes dos tempos eternos", como colocou o desejo da eternidade no coração (ou na mente) do ser humano: "Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim." (Eclesiastes 3:11; ARA) [Nota: A versão bíblica Almeida, Revista e Corrigida (ARC), colocou a palavra "mundo", em lugar da  palavra "eternidade"; contudo a palavra hebraica "ôlâm" tem o significado de: eternidade; tempo longo, perpétuo, sem fim.] Em suma, Deus agiu em duas "frentes":

• comprometeu-Se, Ele próprio, com a Sua Palavra, ao fazer uma promessa de vida eterna, "antes dos tempos eternos";

• colocou na mente dos seres humanos o desejo de alcançarem a promessa que Ele mesmo fez.

Assim sendo, ainda tem dúvidas da solene seriedade do comprometimento de Deus em dar a vida eterna a todos os seres humanos? Não pode haver, quanto a isto, a mínima das mínimas dúvidas!

Finalmente, a grande questão que nos resta, é esta: terão todos os seres humanos acesso à vida eterna? E a resposta é tão objetiva quanto é a questão que a induz: não! E, se não, por que não? Tão simplesmente, porque muitos acham-se indignos da vida eterna, rejeitando, assim, a sua confiança na Palavra ou nas promessas de Deus: "Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era necessário que a vós se pregasse primeiro a Palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais [a Palavra de Deus], e VOS NÃO JULGAIS DIGNOS DA VIDA ETERNA, eis que nos voltamos para os gentios;" (Atos 13:46; ARC; minha ênfase em maiúsculas).

Acha-se indigno da vida eterna? Bom, no fundo, quem é digno da vida eterna, se todos nós, em algum momento ou em alguns momentos das nossas vidas, pecámos? Ninguém! Mas há uma indignidade, salutar, que é fruto da consciência da nossa pecaminosidade, e existe uma outra indignidade, negativa e mesmo perversa, que é o resultado de não se crer na Palavra de Deus! Que tipo de indignidade sente?

Aqui fica uma sugestão: pode pensar o pior de si mesmo, mas NUNCA pense mal do Deus que tudo empenhou e tudo fez - e continua a fazer! - para lhe dar a vida eterna, APESAR da nossa incontornável indignidade, resultante da nossa pecaminosidade! Que a nossa indignidade natural NUNCA nos leve à outra indignidade, de nos considerarmos "indignos da vida eterna" (Atos 13:46; ARA).

( PC )